Era uma vez,
um jardim de cetim,
numa manta dourada,
onde a vida brotava.
No centro, um umbigo,
e neste, mais e mais,
seres postados,
de desejos insaciados.
Fizeram, e fizeram-se,
e no retalho divino,
compurgaram,
aquele menino.
Na areia da ampulheta,
o dourada é cortado,
e até a pior das cores,
viu-se colher e morrer.
Continuamente, umbigos avultam,
e estupram,
cada linha dessa cobertura,
que vira secura.
Em cada parte desse verdejar,
cessa aquele mar,
e em cada triste recanto,
vive-se menos encanto.
E na corda do mostrengo,
que coze e vai vendo,
arrasta-se a clareza,
escondida em avareza.
E o umbigo, nega-se em altivez,
diz que sim, que tudo é por sua vez;
e o mostrengo, apenas vai e vendo,
apenas lendo.
Infeliz falsidade, hipócrita verdade,
leva o umbigo ,
e bebendo, segue amigo.
E o que está para pintar,
já cessou o pincel,
e as cores, extinguem-se sem anel.
Apenas morrem, terminam,
apenas mostram, ao emproado do umbigo,
que quando dormir,
acordará despido.
Aí, não haverá bolsos, nem entremeadas,
apenas vergas cravadas,
e aí, me sentarei, onde me espera,
e onde viverei.
. Perguntas-me… e eu não se...
. Isto é para ti, meu amigo...
. Sensação
. Parado
. Nojo
. Só
. Não
. Inútil
. Doentio
. Sem ti
. Era tudo
. Pétalas
. Deriva
. Ilusão