Sábado, 14 de Fevereiro de 2009

Ainda acordado, adormeço...

Ainda acordado, adormeço,

dormindo, não durmo,

silencio-me, num grito demente,

em que cada uivo,

é uma súplica ao teu ser, a ti presente.

Insiro a mão no peito,

e nada encontro, o coração,

bate contigo, e o meu sangue,

regelou, correu por ti,

e por ti, parou.

Conto as areias, do teu sim,

preparo as colcheias, no clarim,

da melodia eterna, a maior,

e a mais bela, nascer e pôr, viver por amor.

Se nisto não sou, acabou,

se por ti não vivo, “desisto”,

o traço foi cravado, o rumo destinado,

se nele não respirar,

veneno será, qualquer ar,

qualquer estar…

Hoje não quero a rua,

nem a rosa dada, ao par aclarada,

não é dia de um, mas de dois,

se sair, apenas e somente,

no teu ir.

Parte-se o sangue, retorcesse-se as veias,

se em mim, não destoa a pintura,

antes de mim nascida,

da tua figura.

O nevoeiro dissipa-se,

e próximo, estamos,

assim como num sempre escreveste,

assim sempre farei, no teu lado,

e neste “morrerei”.

Sempre, sempre te amarei.

Doce açúcar da minha concha,

serão pérolas na tua boca,

e do pólen colhido, brotará mel,

pelo nosso amor tecido.

Sempre, sempre, colherei as pedras,

da tua calçada, e nelas a tua enseada,

a ti ao meu colo,

ao teu sofrimento, na minha força,

aos teus segredos, na minha “urna”,

e ao amor, para sempre, para sempre,

comigo,

por ti vivido,

por ti,

existido.

Flipe

 

publicado por flipe às 11:28
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Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2009

A manhã acorda..

A manhã vem,

e a mão vazia, regela,

o assento está vazio,

e o acordar faz-se sorrindo.

Tudo está perfeito,

nada reclama revolta,

apenas paz…

Embora assim,

o que me envolve,

arrefece-me,

e o muito, fica nada,

quando olho ao lado,

e não estás.

O tempo parece parado,

quando nele procuro,

e nele não encontro,

o abraço esperado.

A melancolia, agita,

e uma gota desesperada,

surge enfreada,

só o teu chamamento,

podia suster este momento.

E assim, o dia acorda,

e adormeçe, pois o dia querido,

é o dia, em nós sentido,

por ti vivido.

flipe

 

publicado por flipe às 09:34
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Terça-feira, 10 de Fevereiro de 2009

O SOl nasce...

O sol nasce,

e uma corrente parte-se,

agora,

apenas um fim,

ser contigo,

seres comigo.

Pelo teu sopro,

as velas do navio ergueram-se,

a âncora levantou,

e em muito tempo,

navegou,

una direcção,

destino,

teu coração.

Ainda pesa, o casco quebrado,

por ti restaurado,

ainda lento,

vai o vento,

do meu assoprar,

do nosso esperar,

mas em breve,

o toque virá,

o canto soará,

e não mais haverá porto,

nem aportar,

apenas um eterno amar.

flipe

 

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publicado por flipe às 18:19
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