Quarta-feira, 15 de Abril de 2020

Silêncio de alma

As palavras derretem,

e incapazes de fazer frases,

choram.

As letras curvam-se num vestir,

de que não conseguem mais sentir.

São um infindo traço,

das respostas que não seguram,

os pontos de interrogação,

que morrem na solidão.

Jã não existe o infindo,

nem uma continuação,

apenas um ponto de finalização.

São um reflexo de um algo que bate,

por um gesto involuntário,

e que não faz sentir,

o tudo que viu partir.

Pouco a pouco, ainda decorrem,

num sofrimento luminoso,

prenúncio,

daquele sol prazeroso.

É assim, um silêncio de alma,

num quarto vazio,

de muitas paredes,

e muito frio.

É assim, um sim de um não,

que se prende numa ilusão,

de um letra, palavra, compostura,

que será novamente alvura.

 

publicado por flipe às 23:28
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Sábado, 22 de Novembro de 2008

Piratas de Sonhos...

Piratas de Sonhos,

de marés envenenadas,

jorradas, por entre pinceladas,

tristes olhares,

culminantes, desesperantes,

que levam palhas, em fogo pascal,

de um infinito poço,

fundo abismal.

Partisse o sol,

escoasses os mares,

evaporasse os oceanos,

e a terra, revolveria,

num igual calhau,

pedra dura, caule pantanal.

Príncipes, fiadeiras de um rastilho,

culminar profundo,

ali, no revés, de um fechar,

ali, num amanhã a chegar;

que a âncora levante,

que o céu encante,

que o livro se encha de palavras,

de uma memória,

verdade pura.

vulcão de sonhos,

liberdade de sentires,

de imergires.

Que se verta, o que estraga,

que se esfrie, a febre efeito.

o momento deleito,

e se apague as velas, num frasco contínuo,

de um só luminescência,

a transparência,

a inocência.

Flipe

 

publicado por flipe às 16:34
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Quinta-feira, 18 de Setembro de 2008

Assim, numa quebra de um tempo...

 

Assim, numa quebra de um tempo,

escrevo, eu, o silêncio, e um tempo marcado,

que em toques me faz apressado.

Paro, penso, contemplo do alto, o todo que se move,

o vai e vêm de tantas pessoas,

alunos, que em caloiros, dão os primeiros traços,

num novo traçado do seu viver, do seu percorrer.

Hoje, num dia de um estado tomado, isolado, apaziguado,

numa brisa que sopra quente, mas...

que não esquenta, que no entanto acalenta,

e faz-me envolver, querendo este querer.

Sinto um abraço, um regaço,

uma mão que me segura, e distante,

me toma em ternura, clamando em reflexos,

espelhos do meu quadro, traços por mim pintados,

agora não isolados.

Não tarda a noite cai, a lua sorri, e um sonho,

nasce, possibilitando a impossibilidade, de agora verdade,

de amanhã realidade. Arvores, bichinhos, animais,

fadas e seres de magia, esperam a noite de acalmia,

de franquia, para existir; e coexistir,

com quantos que aqui são, não sendo,

que aqui pertencem, não pertencendo,

que aqui apenas querem amar,

sendo forçados a navegar, num não estar,

num querer, e não poder, voar.

 

filipe

publicado por flipe às 18:21
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