Podia fazer de poemas,
versos,
um, mais um,
e outro,
podia desenhar um coração,
e nele,
escrever o nosso nome,
da nossa paixão.
Podia,
gritar ao nundo,
um grito de um silêncio,
numa voz de poeta,
que não sou,
nem profeta.
Podia, não estar aqui,
a escrever,
a tecer,
uma manta de retalhos,
de uma apenas linha,
de uma apenas cor,
o sempre,
e terno,
amor.
Nesta manta teço a ausência,
a carência,
deste abraço,
deste abraçar,
que tanto clamo,
por tomar,
por dar.
Serei escravo, de um nobre sentir,
de um inocente vestir,
de uma coroa,
una e singular,
em que apenas darei,
á que espero,
por amar.
flipe