Estou aqui, sem ti,
neste deserto de cactos,
de vazios tractos,
onde um encontrar,
de um não picar,
é um raro salutar.
Faço perguntas,
vazias questões,
junto palavras,
sílabas, em condenadas,
sensações.
Contemplo a esfericidade,
e em tanto,
apenas opacidade,
apenas crueldade.
Gritemos!!!,
sim à liberdade,
no amor, na verdade;
sejamos andorinhas,
de voos abertos,
sem capas, nem tectos;
sejamos imateriais por medida,
cheios na vida.
Abramos as asas, e voemos,
nesta noite, sem parar,
sem perguntar,
voemos,
até ao limiar,
do mágico lugar,
do perfeito estar,
do esperado amar.
Voemos,
e amemos,
apenas.
Filipe
. Perguntas-me… e eu não se...
. Isto é para ti, meu amigo...
. Sensação
. Parado
. Nojo
. Só
. Não
. Inútil
. Doentio
. Sem ti
. Era tudo
. Pétalas
. Deriva
. Ilusão