Não quero ser,
não quero engrandecer,
fora as ambições, as hipócritas questões,
os lugares inventados,
tristes iluminados,
de luz artificial, banal,
em riscos trémulos, de seres que não são,
que existem, em outras existências,
de precedentes precedências,
que simplesmente são sim, num sim conjunto,
de uma mentira, banalizada, adoptada,
em uma adaptação social,
em sociedade ruída, destorcida…
Embelezemo-nos, libertemo-nos,
conquistemos de novo, não os mares,
mas os oceanos do amar, do amor,
do dar, do por.. Não do tirar, do chacotear,
do não respeitar,
mas da pureza, da perfeição, da união,
da consanguinidade de alma, de calma, de paz…
de um existir audaz…
Olhemos, paremos, gritemos em conjuntura,
em ritmo ternura… em algo nunca escrito, descrito,
numa revolução de orientação,
de devoção, num platónico de nudez,
de liberta timidez, de um não nunca, de um nunca mais,
é agora.. parem de dizer,
amo, a quem não amam, sim, ao que é não,
e volvamos ao amor, ao puro da dor,
naveguemos para amar, deixemo-nos para amar,
façamos ou morramos, mas amamos, amemos,
lacemos, o elixir do nosso existir,
do nosso sorrir, num sorriso não mais forçado,
delineado, mas puramente dado, bordado,
num pano real, natural…
um ultimo ofegar,
façamos da nossa pele o nosso sangue,
da nosso revestir, o nosso existir….
Filipe
. Perguntas-me… e eu não se...
. Isto é para ti, meu amigo...
. Sensação
. Parado
. Nojo
. Só
. Não
. Inútil
. Doentio
. Sem ti
. Era tudo
. Pétalas
. Deriva
. Ilusão