Seguro mas não agarro,
vejo mas não sigo,
quero mas não vou,
é um estado contrariado,
de um agora negado.
Mergulho no calafrio,
no gelado de um sem significado,
de uma verdade que não existe,
e em cada vertente,
persiste.
Confuso, nego a negação,
e tão pouco, sigo a razão.
Pergunto, questiono, quebro ali, aqui,
e vou caindo, sumindo, desistindo,
murcha me a flor daquele amor,
que olhando, desconhece o aportar,
do seu amar.
Sou ponte em casa,
sem teto, sem neto,
nem um Natal de um sonhar
que tantas vezes pintei e vi amar.
Deixo-me ir no que não sou,
e vou, não sendo, não querendo,
não pertencendo.
Sou criança de um temperança,
de um sorriso, que procura sorrir,
e nos teus braços, ir.
Voando, amando, chorando,
indo apenas… até ao fim, até ao principio,
até que haja, uma vida de criança,
de lembrança,
de sonhos e quereres,
de puros viveres.
E naquele abraçar, naquele amar,
naquele estar,
farei e serei, o teu lar.
Se um sonho existe, e naquela criança que sorri,
olhando e esperando, por ti.
Se um sonho existe, eu a guardei,
de mão aberta continua,
prometendo que a amarei.
Então, sempre ali estará,
brincando e sonhando,
em mim, esperando,
em ti, amando,
em nós voando.
Toco mas não alcanço,
desenho mas não pinto,
é um vislumbre sem linha,
dum algo, que imerge em saudades de mim.
Nas entrelinhas paro e permeio,
mas apenas um desvaneio,
do que seguro e não curo,
do que acho e não encontro.
Nem a rima de um querer material,
consigo segurar no final.
Sensação de tudo, de todos,
de ninguém, de um mar que corre e escorre,
em nós, no escondido vivido e sentido.
Veias de vida, que correm escondidas,
assim a sensação da ilusão,
que seguramos cada dia e levamos,
numa mentira contada e aceitada.
Resta o amor, o tudo, a ilusão que sabemos,
que conhecemos, que queremos,
mas nem a sensação de amar, sabemos segurar.
Sensação de um pleno estado,
de um amor embalado, envolvido, sentido,
de um completo complemento,
eterno e pleno momento.
Aquela sensação de tudo estar,
de tudo sentir, de tudo amar,
aquela sensação,
de sorrir e não cessar.
Enrosco-me no conforto de um silêncio,
e abraço-me no retalho de uma manta,
que cai escorregando, voando, e saltando,
como se numa dança me embalasse e levasse.
Deixo-me ir, partir, sair, desistir,
deixo-me num horizonte de um agora que não é,
sonho ou realidade, a minha verdade.
Num riacho, pedra ante pedra,
salto e caio, molhando-me, e num conforto de um retalho,
ali fico, ouvindo e sorrindo, no silencio da solidão,
que o amor levou, e segurou no coração.
Queria um ali, um agora, um retalho quente,
de um alguém, de um abraço vivo,
de segurar e voar, naquele riacho, que queria ver secar,
e neste o doce amar.
Na palavrinha, seguro quem lê, e nesta, aquele aperto,
que suavemente toco e conforto,
naquele único sentimento, que trás o momento,
e tudo leva, assim o desalento.
Fechando o olhar, queira segurar,
eu estarei na beira do silencio, e na respiração da emoção,
de te sentir ir e vir, e suavemente nutrir.
Assim, o aperto e um outrora que vi nascer e perder,
assim, segura e crua, sente o instante que decai de mim,
no conforto de um dia, de um toque,
de um segurar, de um tocar, de um ali estar,
para sempre.
. Sensação
. Parado
. Sem ti
. Deriva
. Ilusão
. Umbigos
. Anjo
. Ainda acordado, adormeço....
. Abraço
. Muito Obrigado. Um Bom Na...
. Um dia voei.. e um dia vo...