Era somente,
alguém,
que compunha alimento,
pelo tempo.
Era só,
um fólio voando,
um ente acreditando,
um servil esperando.
Despontou uma flâmula,
e nesta um apelo,
ficou,
eterno selo.
Traços unidos,
um raciocínio num efeito,
embutimento,
no meu peito
E se colmatava enxergar,
era a bruma,
simples anunciar.
Sim!!!,
incertezas eram nada,
ali estavas,
despontada.
Mas não, eras sim,
anjo e luz,
meu ressurgir,
ama do meu sentir.
Asas límpidas,
esperança pureza,
vida minha,
em ti,
clareza.
Flipe
O dia foi e veio,
e se ontem, o sono embutia num esquecer,
hoje tudo é vidro, presente de contigo não ser.
Foi num dia, em que me perdi, quando o nascer do sol,
não mais nasceu, e tudo escureceu,
em que cada raio era num sentido, o viver sem ti, viver perdido.
Se o ausente tivesse extremo, eu vi-o, e nele uma solidão,
hoje chagas, do meu coração.
Se um punho me ergueu, foi uma aprendizagem que me teceu,
e fez-me saber, conhecer, verdade caminhar,
palavra só, saber segurar.
Jaz tempo, que o mar me erguia, e moldando-me,
me fazia, jaz tempo, em que um surgir,
era um sopro, de um não sentir, em que ali estavas,
e ali eras, o meu vestir.
Nesta semana decorrer, provei o pesar, daquela marca,
que um dia me fez afogar. Mesmo não querendo,
fui incapaz, de segurar um destino, e ao vê-lo não te ver.
Não fui, e pareço morrer,
a cada momento em que aceito, o teu não ser.
Não é o passado, não é essa marca que vigorou,
mas é uma, do agora,
do presente e do futuro, que me chamou.
E como só sabendo sabes, um desejo desenhar,
é aquele que tomamos, no ano, no próximo,
em que quero contigo iniciar.
Cada minuto badalado, o aguce faz-me mais pesado,
e um querer ser sem ti, é um querer inadmissível,
um querer que não quero, que querendo sou agonia,
uma elipse em mim mesmo, pura demagogia.
O nada sentido sem ti, mesmo esse, perde-se,
esgota-se, quando explica um traço,
e nele não estás.
Assim, o limite resiste, e nele te chamo,
para que num grito comum, chamemos,
e ouçamos, o que queremos, a única razão,
a única emoção, a única não questão,
ser contigo, é ser, ser sem ti, é ser “perdido”.
Flipe
Assim idealizo o nosso reencontrar,
as nossas lágrimas,
vivem, existem,
pelo nosso abraçar.
Assim como a água escoa num sentido,
assim o nosso amor,
será vivido.
Assim como a lua tem o sol,
e o mar a areia,
assim eu, naufrago por ti – minha sereia.
Assim a tua dor será minha,
e o meu amor teu,
e cada estaca em ti, será arrancada,
em mim cravada.
Quando sorrires, eu sorrirei,
quando as tuas lágrimas escoarem,
eu as colherei,
o que fores eu serei,
quando não fores,
eu te levantarei.
Flipe
. Anjo
. Assim...
. Oh amanhã... faz-nos enco...