Domingo, 15 de Fevereiro de 2009

Anjo

Era somente,

alguém,

que compunha alimento,

pelo tempo.

Era só,

 um fólio voando,

um ente acreditando,

um servil esperando.

Despontou uma flâmula,

e nesta um apelo,

ficou,

eterno selo.

Traços unidos,

um raciocínio num efeito,

embutimento,

no meu peito

E se colmatava enxergar,

era a bruma,

simples anunciar.

Sim!!!,

incertezas eram nada,

ali estavas,

despontada.

Mas não, eras sim,

anjo e luz,

meu ressurgir,

ama do meu sentir.

Asas límpidas,

esperança pureza,

vida minha,

em ti,

clareza.

Flipe

 

publicado por flipe às 19:41
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Sábado, 31 de Janeiro de 2009

O dia foi e veio...

O dia foi e veio,

e se ontem, o sono embutia num esquecer,

hoje tudo é vidro, presente de contigo não ser.

Foi num dia, em que me perdi, quando o nascer do sol,

não mais nasceu, e tudo escureceu, 

em que cada raio era num sentido, o viver sem ti, viver perdido.

Se o ausente tivesse extremo, eu vi-o, e nele uma solidão,

hoje chagas, do meu coração.

Se um punho me ergueu, foi uma aprendizagem que me teceu,

e fez-me saber, conhecer, verdade caminhar,

palavra só, saber segurar.

Jaz tempo, que o mar me erguia, e moldando-me,

me fazia, jaz tempo, em que um surgir,

era um sopro, de um não sentir, em que ali estavas,

e ali eras, o meu vestir.

Nesta semana decorrer, provei o pesar, daquela marca,

que um dia me fez afogar. Mesmo não querendo,

fui incapaz, de segurar um destino, e ao vê-lo não te ver.

Não fui, e pareço morrer,

a cada momento em que aceito, o teu não ser.

Não é o passado, não é essa marca que vigorou,

mas é uma, do agora,

do presente e do futuro, que me chamou.

E como só sabendo sabes, um desejo desenhar,

é aquele que tomamos, no ano, no próximo,

em que quero contigo iniciar.

Cada minuto badalado, o aguce faz-me mais pesado,

e um querer ser sem ti, é um querer inadmissível,

um querer que não quero, que querendo sou agonia,

uma elipse em mim mesmo, pura demagogia.

O nada sentido sem ti, mesmo esse, perde-se,

esgota-se, quando explica um traço,

e nele não estás.

Assim, o limite resiste, e nele te chamo,

para que num grito comum, chamemos,

e ouçamos, o que queremos, a única razão,

a única emoção, a única não questão,

ser contigo, é ser, ser sem ti, é ser “perdido”.

Flipe

 

publicado por flipe às 16:13
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Domingo, 25 de Janeiro de 2009

Assim...

Assim idealizo o nosso reencontrar,

as nossas lágrimas,

vivem, existem,

pelo nosso abraçar.

Assim como a água escoa num sentido,

assim o nosso amor,

será vivido.

Assim como a lua tem o sol,

e o mar a areia,

assim eu,  naufrago por ti – minha sereia.

Assim a tua dor será minha,

e o meu amor teu,

e cada estaca em ti, será arrancada,

em mim cravada.

Quando sorrires, eu sorrirei,

quando as tuas lágrimas escoarem,

eu as colherei,

o que fores eu serei,

quando não fores,

eu te levantarei.

Flipe

 

publicado por flipe às 16:51
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