Oh Sol, tão quentinho,
que te elevas sorrindo,
sê um sonho, de um carinho,
tão preciso, tão menino.
Envolve-me e aquece-me,
sê por momentos,
a que tanto aguardo,
a que tanto clamo por segurar,
por amar, por abraçar.
Fecho os olhos, abro o vale deserto,
e deixo-me consumir, neste frio sentir.
Quantos segredos, quantos pensamentos,
perdidos em mim, quantas ausências,
latências, carências… Quantos lugares,
molhados, isolados, que aguardam ser,
ver, poder ter, um existir,
um esperado descobrir.
Quantas gotas tecidas no orvalho,
da noite caída, da manhã nascida,
da solidão sentida.
Sol, meu ombro, deste dia,
calor que não aquece, frio que estremece,
acordar em ti, em cada dia,
é saber uma esperança de um acontecer,
é ter, o lápis a escrever, do amanhã a nascer.
Sol, meu querido aconchego,
envolve, a que, como eu,
se aquece em ti, arrefecendo-se,
por me esperar; e por favor,
não deixes mais sermos corpos frios,
que não consegues aquecer,
mas junta-nos, permite-nos ser,
na noite, no dia, o teu envolver,
calor, puro amor.
Flipe
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