Olho nas escadas,
e comtemplo os degraus subidos,
ainda ferem alguns, só de olhar,
outros, são um névoa, de um passar.
Volto-me, e albergo alguns degraus, difíceis de subir,
de conseguir, alguns mesmo, são um ilusão,
pois é desconhecida a solução, na sua ascensão.
Apenas reconheço uns tantos, outros são neblina,
desconhecido sentido, num destino omitido.
Destes, vejo se estás, se é breve o teu chegar,
se o teu vir, irá surgir. Interrogação,
de uma ignota decifração.
E nisto, cai a pergunta, de como trepar,
neste cansaço de solidão, de “não amar”,
de não te acarinhar.
Trespassa, enlaça, magoa, este considerar,
sem o teu abraçar, sem o teu calor, sem o teu amor.
No entanto, sei que esperas, assim como eu te espero,
e para o nosso estar, basta um traçar de um tempo,
uma linha de um encontrar; e como tal, se hoje,
contigo não sou, daqui a nada, contigo posso ser,
e viver. Se eu de ti, tanto sofro carecer,
sei, que de mim, também sofres por não me ter;
assim… se lês, se um dia leres este bater, desculpas te faço crer,
se o meu aparecer, não surgiu num antes amanhecer.
O meu pedido perdão, será o meu coração,
o meu bater, num só ritmo, o de te amar,
o de te dar, amor e compreensão,
afecto e protecção,
sincera união.
Flipe
. Perguntas-me… e eu não se...
. Isto é para ti, meu amigo...
. Sensação
. Parado
. Nojo
. Só
. Não
. Inútil
. Doentio
. Sem ti
. Era tudo
. Pétalas
. Deriva
. Ilusão