Faço-me responder,
dar e ser, e de cada flor,
faço um jardim,
um delicado cetim.
Sou jardineiro, de muitas rosas,
tulipas, orquídeas,
tantas que nem sei definir,
nem sentir, o bálsamo do seu existir.
Deste envolto de magia,
onde tudo se faz em melodia,
num puro sentimento,
de uma vida momento;
surgiu, lá num cantinho uma flor,
que vi, que senti, que levemente cuidei,
e que não mais deixei.
Esta flor, de pétalas delicadas,
tão únicas, tão túnicas, de uma transparência,
pura inocência, de um amor, perfeito odor,
de um sentir dorido, mas tão sentido,
esta flor, que me fez oscilar,
num só estar, num só querer cuidar.
Agora, perde-se a razão, a noção,
e de um afunilamento dissentido,
divergido,
emerge um redizer, um desdizer,
em que nada quer ser,
apenas um único responder,
num único mover.
Filipe
. Perguntas-me… e eu não se...
. Isto é para ti, meu amigo...
. Sensação
. Parado
. Nojo
. Só
. Não
. Inútil
. Doentio
. Sem ti
. Era tudo
. Pétalas
. Deriva
. Ilusão